segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

Poesia Perdida

Aconteceu agora a noite... me deu uma vontade maluca de procurar no meio de um monte de disquetes velhos (isso mesmo, disquetes) e em destes, encontrei essa poesia perdida que escrevi a alguns anos atrás... Troquei o nome dela.... Poesia Perdida...


Você pode se perguntar
A que eu vim lhe falar?

Nada mais que um caso de amor,
Uma eterna luta contra a dor.

De um cuidado permanente pela vida
De sempre encontrar um jeito, uma saída.

Eu já tentei... não vou negar
Se eu baguncei, dá pra relevar?

Foi esse o meu jeito de tentar
Transformar esse rascunho em obra exemplar...

Que saída há, para os que não tem saída?
Que socorro há, para os que morrem
Sem ter vivido a vida?

E você ainda me pergunta
_Como me sinto nesta vida?

Sou direto, não vou te enrolar
Sinto-me em um barco a navegar
Com o caso furado, prestes a sucumbir
Sem salva-vidas, bóias ou outro meio de fugir

Sigo o mesmo caminho que a todos vão ligeiro
Para o fundo do mar, sozinho e certeiro.

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

Nirvana é aqui...

Tenho andando por tantos lugares
Tenho conhecido tantas pessoas
Caminhos secos e pessoas vazias
Que uma pergunta intriga meu coração:
Quando Deus irá abrir as portas?

Não sei se esta certo o que digo
E não sei se é errado pensar assim.
Só não quero me culpar de ter medo
Medo do dia que minha vida tiver fim.

Enquanto isso me transporto para muitos lugares
Me envolve no perfume de outros sentidos
Na brisa de uma tarde á beira mar
No calor de um dia de lugares desconhecidos...

Se o Nirvana realmente existe, eu sei onde ele fica.
Fica além dos lugares que meus olhos ja viram...
Fica além dos olhares que meus sentidos pressentiram...
Fica além de tudo que possa macula-lo...

Enquanto isso bebo a vida sorvendo cada gota de mim mesmo
sedento como um vampiro prestes a abocanhar sua vítima.
Destilo minhas palavras como vinho...
Pisado, esmagado, lançado... mas como o vinho...
Duradoura a minha essência...

terça-feira, 5 de fevereiro de 2008

Outro dia que passou, mais um em meu calendário
Não costumava tudo ser assim, tão literário...
Mais uma vez estou só e não reclamo de minha condição
Estou bem acompanhado de minha alma, doce confusão...

Não sei se poderia estar melhor ou pior
Se estar em uma prisão ou em uma simples condição
Se estar no luxo me faz feliz ou se estar no chão não me contradiz,
Então por que não me sinto completo e nem ao menos na metade?

Perco tempo com pessoas vazias;
Ganho peso com comidas gordurosas;
Não deixo a janela aberta, e nem esqueço a chave do carro...
Não faço mais parte do seu mundo... e nem quero mais ter calma.

Antes eu era paciente, agora nem quero saber;
Antes eu te entendia, agora não sei o por quê;
Antes eu te amava, agora quem me ama é você!

Não espero retribuição e nem que leia este borrão
Só quero que saiba que aprendi a lição
Não tenho medo de assombração e nem de ilusão
Tenho medo de viver abaixo do que tenho vocação.

Nasci para ser assim e sou tudo o que quiser que eu seja,
pois jamais vou mostrar todo este meu eu...
Eu, que eu mesmo não conheço e você ja o domesticou...

Não me ponha em uma jaula e nem mesmo tente me entender
Vou fazer de tudo para te surpreender.
Não estude meus poemas e nem leia meu diário...
Você corre o risco de se encontrar lá...

Antes eu era paciente, agora nem quero saber;
Antes eu te entendia, agora não sei o por quê;
Antes eu te amava, agora quem me ama é você!

Não espero retribuição e nem que leia este borrão
Só quero que saiba que aprendi a lição
Não tenho medo de assombração e nem de ilusão
Tenho medo de viver abaixo do que tenho vocação.